Notícias
Gênero e sexualidade estão em pauta no I Seminário de Direito de Família e Psicanálise do IBDFAM; últimos dias para se inscrever
Será realizado nesta sexta-feira (2), das 9h às 17h30, o I Seminário de Direito de Família e Psicanálise do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM. Com o tema “Os afetos que nos afetam”, o evento contará com certificado de participação e transmissão ao vivo por meio da plataforma Zoom. Clique aqui e garanta a sua participação.
A partir das 13h30, gênero e sexualidade entram em pauta na programação. A advogada Fernanda Barretto trata dos direitos da população LGBTI+, enquanto a psicanalista Ana Paula Gomes ministra palestra sobre a sexualidade na Psicanálise.
“Os homens, as mulheres e as crianças não são mais do que significantes.” A frase do psicanalista francês Jacques Lacan (1901-1981) é o ponto de partida da exposição de Ana Paula. A especialista pontua: “A anatomia não é o destino. É fundamental que haja mais significantes para designar as identidades sexuadas, ainda assim, como cada sujeito lida com seu gozo é sempre algo único”.
Protagonismo do Judiciário
Segundo Fernanda Barretto, nas últimas décadas, houve um sensível avanço no Brasil no reconhecimento dos direitos LGBTI+. “Esses avanços tiveram por protagonista o Poder Judiciário, sobretudo a partir de históricas decisões do Supremo Tribunal Federal – STF, e não o Legislativo, que ainda resiste firmemente ao reconhecimento, por exemplo, das famílias homoafetivas”, avalia.
“Nesse sentido, seguir pensando e debatendo a diversidade sexual e de gênero, suas latitudes, demandas e reflexos jurídicos, é um componente importante na permanente luta pela efetiva cidadania de uma parcela expressiva da população brasileira”, acrescenta Fernanda.
Articulação entre Direito e Psicanálise
Diretora nacional do IBDFAM, a advogada fala sobre a importância de tratar da diversidade em um evento que articula Direito e Psicanálise. “O próprio conceito de gênero se origina nas clínicas psiquiátrica e psicanalítica – se expandido e sendo modificado pelas ciências sociais e pelo feminismo, por exemplo”, observa.
Ela acrescenta: “A Psicanálise pode oferecer ao profissional do Direito importantes ferramentas para compreender melhor os conflitos ligados às sexualidades e às diversas expressões identitárias, que impactam diretamente nas relações familiares”.
A palestrante cita o entendimento apresentado pelo advogado e professor Rodrigo da Cunha Pereira, presidente do IBDFAM. “O sujeito de direito é também um sujeito de desejo, e compreender de forma mais profunda esse desejo é fundamental para trabalhar com mais completude, humanidade e eficácia as demandas que dele se originam ou que o tem como determinante”, assinala Fernanda Barretto.
Atendimento à imprensa: ascom@ibdfam.org.br