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Mágica da adoção dá motivos para famílias celebrarem o dia das mães
14/05/2013 Fonte: Revista Veja BH (MG)Com o violino bem apoiado no ombro, Helena (nome fictício), de 9 anos, treina uma de suas canções preferidas, no Conservatório de Música da UFMG: “Brilha, brilha, estrelinha / Quero ver você brilhar / Faz de conta que é só minha / Só para ti irei cantar”. Seria uma homenagem à mãe, neste domingo de celebrações. Seria... Há três anos ela vive em um abrigo municipal à espera de uma nova família. “Não penso qual presente comprar, só penso em ter minha mãe para poder dar um presente qualquer”, diz a integrante da Orquestra Infanto-juvenil do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Inquieta e faladeira, a garotinha consegue arrancar sorrisos dos adultos e, à primeira vista, esconder sua triste trajetória. Como Helena, 600 crianças e adolescentes abandonados ou vítimas de maus-tratos moram hoje nos 43 alojamentos ligados à prefeitura. São meninos e meninas que, como ela, estão ansiosos pelo encontro que mudará suas vidas. Nem todos, porém, atendem às exigências da maioria dos candidatos a pais adotivos na cidade. Uma pesquisa da Vara Cível da Infância de Belo Horizonte, a pedido de VEJA BH, revela que poucas das pessoas já habilitadas - como são chamados os pretendentes aprovados - estão dispostas a aceitar crianças com mais de 4 anos, negras ou com algum problema de saúde (veja abaixo), justamente os perfis mais comuns nos orfanatos, segundo o Conselho Nacional de Justiça, órgão responsável pelo Cadastro Nacional de Adoção (uma lista com a relação das crianças disponíveis para adoção e dos candidatos a pais).