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Exibida há 20 anos, novela Laços de Família volta à TV com temas que permanecem atuais
Sucesso da TV entre 2000 e 2001, Laços de Família volta ao ar a partir da próxima segunda-feira (7), na Rede Globo. Escrita por Manoel Carlos, a novela enfocou o valor do afeto no ambiente familiar, tema sempre atual, além de questões emergentes na sociedade de 20 anos atrás, mas que permanecem latentes na contemporaneidade. O Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM elenca, a seguir, cinco tramas do folhetim que dialogam com a realidade das famílias em 2020.
Parentalidade socioafetiva
Em Laços de Família, Alma (Marieta Severo) criou como filhos os sobrinhos Estela (Júlia Almeida) e Edu (Reynaldo Gianecchini). Apesar de manter o status de “tia”, faz questão de tratá-los como filhos desde que sua irmã, mãe dos jovens, morreu quando eles ainda eram crianças. Até a adolescência, é ela quem administra os bens herdados pelos irmãos, o que acarreta conflitos no decorrer da história. A família se completa com Danilo (Alexandre Borges), quarto marido de Alma, viúva três vezes.
Pessoa com deficiência
Os desafios enfrentados por pessoas com deficiência no dia a dia são abordados por meio do personagem Paulo (Flávio Silvino). Ele enfrenta um exaustivo trabalho de superação das sequelas neurológicas causadas por um acidente de carro. Além disso, precisa conviver com situações de preconceito, inclusive por parte da irmã, Cissa (Júlia Feldens).
Pai e mãe solos
Cissa e Paulo são filhos de Miguel (Tony Ramos), que os criou sozinho desde a morte da esposa. Capitu (Giovanna Antonelli) é uma jovem que engravidou precocemente, sem planejamento. Para sustentar o filho pequeno e os pais, ela decide ser garota de programa e é vítima da violência de clientes e do ex-namorado, pai de seu filho. Ao longo dos capítulos, ao encontrar novos parceiros, os dois personagens formam famílias reconstituídas, realidade de tantos lares brasileiros.
Machismo e misoginia
Cíntia (Helena Ranaldi) é uma competente veterinária que, a despeito de seu talento, precisa comprovar que pode encarar a profissão sendo mulher. Ela é alvo de questionamentos diversos por outros personagens, e vítima de assédio no ambiente de trabalho. O machismo também é um tema evocado na trama do casal Ivete (Soraya Ravenle) e Viriato (Zé Victor Castiel), que sofre de impotência sexual.
Bioética
A premissa principal de Laços de Família, envolvendo Helena (Vera Fischer) e Camila (Carolina Dieckmann) saiu de um caso real, ocorrido nos EUA na década de 1990: uma mãe que engravida de um ex-parceiro para salvar a vida da filha, que luta contra a leucemia. A medula da criança teria chances de ser compatível com a da irmã, permitindo a doação.
A história é semelhante à contada no filme Uma Prova de Amor (2005), que rende amplas análises sob o ponto de vista da Bioética: a decisão pelo transplante em contraposição aos princípios da autonomia e da autodeterminação. A discussão envolve ainda questões como amor e poder familiar, direito personalíssimo, melhor interesse da criança e dignidade da pessoa humana.
Laços de Família
Novela. A partir de segunda-feira, 7 de setembro, às 16h, na TV Globo. Capítulos também disponíveis no Globoplay.
Atendimento à imprensa: ascom@ibdfam.org.br