Direito de Família na Mídia
SP - Escuta de vítimas infantis é tema de seminário no TJSP
22/10/2014 Fonte: TJSPO Tribunal de Justiça de São Paulo promoveu o seminário A ‘Escuta’ de Crianças e Adolescentes em Situação de Violência Sexual: Diretrizes para Consolidação de uma Política Pública do Estado Brasileiro, que integra uma série de encontros e atividades de capacitação relacionados ao tema entre os dias 16 e 24 de outubro. O evento aconteceu hoje (21) no auditório do Gade MMDC – edifício que abriga gabinetes da Seção de Direito Público –, contou com a presença de especialistas estrangeiros e brasileiros e teve parceria entre TJSP,Escola Paulista da Magistratura, Escola Judicial dos Servidores do TJSP, Conselho Nacional de Justiça e a Childhood Brasil. Destaque também para o apoio da Secretaria de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, Unicef, National Children’s Advocacy Center e Coordenadoria da Infância e da Juventude do TJSP.
Na abertura do ciclo de palestras, o presidente do TJSP, José Renato Nalini, falou da importância do tema tratado e do mal causado na vida de uma criança ou adolescente em decorrência da violência cometida por um adulto delinquente ou doente. "É preciso fazer a revolução de mentalidade e a sequência de passos rumo à caminhada para um mundo melhor", declarou.
O coordenador da Infância e da Juventude do TJSP, desembargador Eduardo Cortez de Freitas Gouvêa, representando também o diretor da EPM e da EJUS, Fernando Antonio Maia da Cunha, disse que sempre sonhou com a possibilidade de ouvir a vítima de maneira menos impactante. “Não posso dizer que essa maneira é a melhor, sempre estamos tentando melhorar. O assunto requer diálogos e tem que estar aberto para ouvir, evoluir e melhorar a cada dia.”
Para o desembargador Antonio Carlos Malheiros, nunca se deve ter algo como terminado, pois a ampliação do debate tem de ser contínuo. "Tenho certeza da beleza do projeto de escuta especializada, é um avanço, mas temos que ir além", ressaltou. Ele defendeu a ideia de inclusão na capacitação não somente dos profissionais da Justiça e equipe técnica. Professores, médicos e enfermeiros necessitam entrar no rol de pessoas capacitadas pela possibilidade de aproximação que têm com as vítimas de violência em decorrência de suas atividades.
O coordenador do Grupo de Trabalho Jurídico para o Depoimento Especial no TJSP, desembargador Carlos Vico Mañas, disse que há profissionais do Direito com a mentalidade mais aberta e, outros, mais fechada, mas que é necessário realizar uma autocrítica, a fim de se conduzir a colheita do depoimento de forma menos centralizadora e até receber orientação do técnico de que não é adequada determinada postura. Leia mais.