A situação de vulnerabilidade em que se encontram mulheres e crianças vítimas de violência doméstica foi o foco da reunião realizada nesta semana (29/9), na sede do fórum da comarca de Itajaí. Coordenada pela juíza Sônia Maria Mazzetto Moroso Terres, subcoordenadora do Núcleo da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Cepevid , os participantes também discutiram a questão de políticas públicas relativas ao tema.

Esse movimento é o primeiro fruto do seminário Mulher Viver sem Violência, que aconteceu no dia 20 deste mês, em Itajaí. Durante a reunião, as entidades participantes expuseram suas atividades, necessidades de aprimoramento e, principalmente, a importância do trabalho em parceria, com um atendimento especializado e humanizado, dando origem a "Rede Mulher", um serviço de atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar. Uma comissão foi formada para acompanhar a estruturação da Rede, e providências foram tomadas no sentido de melhorar o atendimento na Delegacia Especializada e no Instituto Geral de Perícias daquela comarca.

Foi definido a criação de um edital para o próximo ano, destinado às entidades do terceiro setor, que deverão se inscrever, via Conselho Municipal de Assistência Social, para implementação da Casa-Abrigo, um espaço destinado para mulheres em risco de morte. Também participaram da reunião a coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Itajaí, Juliana Pereira, a secretária do Desenvolvimento Regional, Eliane Neves Rebello, as representantes do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Regina de Jesus Almeida e Sarajane Ternes; o delegado do Litoral, Artur Nitz; a delegada da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso, Tatiane Oliveira; a promotora de justiça, Fernanda Fontes, o diretor estadual do Instituto Médico Legal, Rodnei Tenório, além de vários integrantes do Conselho Municipal de Assistência Social de Itajai.