O XI Congresso Brasileiro de Direito de Família será muito especial. Neste ano, o IBDFAM celebra duas décadas de existência e muitas conquistas. Membro da Comissão Científica, Giselle Groeninga revela sua expectativa para a realização do evento, marcado para os dias 25, 26 e 27 de outubro, em Belo Horizonte.

“Passaram-se vinte anos de um verdadeiro choque interdisciplinar que o IBDFAM produziu no Direito de Família. Acredito que os próximos passos serão de sedimentação, ponderação, e mesmo de aprimoramento de conceitos, princípios e também de procedimentos que sejam mais eficazes para lidar com a realidade das famílias e com a transformação positiva dos conflitos”, comenta.

Giselle Groeninga, também diretora de Relações Interdisciplinares do IBDFAM, lembra ainda que é muito importante que os profissionais da área participem do Congresso por conta da transformação profissional que é causada pela abordagem profunda e acessível de temas centrais ao Direito de Família. “A introdução do afeto neste campo carregou consigo uma série de mudanças epistemológicas. Por exemplo, quanto ao peso relativo que devem ter as disciplinas para que se atinja mais justiça, quanto à consideração do quê nos faz humanos, de como vivemos nossas diferenças e em como integrar a subjetividade na verdade das relações”.

A psicanalista afirma que atualmente a legislação e os procedimentos judiciais integram algumas das bandeiras do IBDFAM, como: famílias consideradas em suas formas plurais, a interdisciplinaridade, a mediação, a igualdade na ponderação das diferenças, o combate ao preconceito em todos os níveis, dentre outras. Porém, Giselle cita algumas ações que podem ampliar e garantir os direitos familiares em nosso país.

“Em termos filosóficos, vejo como um ponto importante a consideração dos direitos de cada membro da família como complementares, levando em conta idade, sexo, gênero, estado e função. Desta forma poderemos implementar uma verdadeira democracia na consideração dos direitos; democracia fundada na cooperação, na igualdade levando-se em conta as diferenças e vulnerabilidades. Em termos práticos, aponto as ações legislativas, o aperfeiçoamento e a busca de procedimentos que transformem os impasses. Para tanto, devemos pensar em mecanismos tais como a conciliação, a mediação, o papel das perícias e mesmo o acompanhamento por parte de psicólogos para o restabelecimento da funcionalidade perdida das famílias”, finaliza.

INSCRIÇÕES

Confira palestras e palestrantes* no site. As inscrições para o XI Congresso Brasileiro de Direito de Família podem ser feitas por meio do hotsite. As vagas são limitadas. Portanto, não perca tempo: inscreva-se e participe!

*Palestras e palestrantes sujeitos a alteração