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Como as novas formas de família podem ser entendidas por médicos e profissionais da saúde
Acontece na manhã de hoje (29), em Porto Alegre, o evento "Novas Formas de Família: Como essa nova estrutura social pode ser melhor entendida por médicos e demais profissionais da saúde?", realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal. O objetivo é promover a discussão sobre o atendimento médico perante os novos conceitos de família, que englobam a união estável homoafetiva, recém reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e mesmo as relações superficiais entre pessoas do mesmo sexo.
Para a vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), Maria Berenice Dias, o evento é uma forma de aproximar o universo médico da realidade: "acho que os médicos têm que aprender a lidar com a população LGBT e com essa realidade, e abrir a possibilidade do paciente revelar a sua orientação sexual de forma natural".
Maria Berenice, que participa do evento, também fala sobre a necessidade do paciente expor a sua vida sexual ao médico para o melhor diagnóstico e como o preconceito e a discriminação podem atrapalhar este processo. "O segmento LGBT tem uma saúde mais vulnerável do que a do resto da população, pois tem maior tendência à depressão por causa da discriminação da sociedade e da própria família, o que acaba levando ao maior índice de consumo de álcool e drogas, além de todos os sintomas do quadro depressivo. Além disso, durante o diagnóstico, o médico deve saber sobre a atividade sexual do paciente, e o preconceito acaba atrapalhando", explica Maria Berenice.
O evento acontece no auditório Jose Baldi, localizado no segundo andar do Hospital de Clínicas, em Porto Alegre. Mais informações pelo telefone (51) 3359-8090.
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